O ministro da Defesa, Nelson Jobim, criticou duramente os Estados Unidos durante a Conferência de Segurança Internacional do Forte de Copacabana, no Rio.
Na palestra de abertura do evento, na quarta-feira, o ministro afirmou que os EUA só falam em “soberanias compartilhadas” quando não se trata de compartilhar a própria.
Jobim condenou a proposta de acadêmicos americanos para a criação de uma Bacia do Atlântico, que unificaria o oceano ao eliminar a linha divisória que separa Atlântico Sul e Norte.
“Os Estados Unidos não ratificaram a Convenção do Mar da ONU”, disse, referindo-se à Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, que estabelece os princípios da exploração dos recursos naturais do mar – como o petróleo do pré-sal.
“Como poderemos conversar sobre o Atlântico Sul com um país que não reconhece os títulos referidos pela ONU, não reconhece, portanto, o status jurídico de países como o Brasil?”
O ministro fez ainda críticas ao embargo americano a Cuba. “Vamos falar claro. Qual foi o resultado do embargo americano sobre Cuba? Produziu um país com um povo orgulhoso, um país pobre e um ódio brutal dos EUA”, disse.
UE e Otan
Na conferência, voltada para o diálogo entre Europa e América do Sul sobre o tema da segurança internacional, Jobim condenou a expansão de fronteiras de atuação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
“Desaparecida a União Soviética, começa a estudar uma forma que legitime a Otan a operar em qualquer teatro de operações do mundo para proteger os interesses dos países-membros da aliança”, disse.
“Nenhuma nação sul-americana é parte de uma aliança regional defensiva que se arvora poder intervir em qualquer parte do mundo com base nos mais variados pretextos.”
O ministro afirmou ainda não acreditar que a Europa se liberte “de sua dependência em relação aos Estados Unidos” no médio prazo. Ele enumerou alguns dos principais problemas enfrentados pelo continente, como dificuldades econômicas, processos migratórios, xenofobismo.
“Tudo isso leva a crer que a União Europeia não se tornará um ator geopolítico à altura de seu softpower nos próximos 30 anos”, disse.
O ministro da Defesa brasileiro falou na mesa composta pelo ministro de Defesa do Chile, Jaime Ravinet, e o general e ex-diretor do comitê militar da Otan, o alemão Klaus Naumann.
Ravinet, à sua esquerda, ressaltou os bons exemplos que a América do Sul herdara da Europa. Naumann falou sobre os desafios enfrentados pela Europa historicamente e contextualizou as dificuldades que justificariam a proximidade com os EUA no novo contexto global.
Opinião própria
O ministro Jobim salientou que emitia suas opiniões em nome próprio.
Antes da palestra, ele desconversou perguntas sobre a transição para o governo da presidente eleita Dilma Rousseff, afirmando não saber “de nada” sobre o que ocorrerá no próximo governo nem sobre se continuará no ministério.
“Vou continuar o trabalho que tenho que fazer. No futuro, sei lá o que vai acontecer.”
Também foi lacônico em relação à compra dos caças de guerra pelo Brasil, confirmando apenas que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer resolver ainda em seu mandato a qual fornecedor caberá o contrato bilionário.
“Vai depender da conversa que o presidente tiver com a nova presidenta Dilma”, disse. “Mas temos que lembrar que nós não estamos comprando aviões, e sim tecnologia para capacitação nacional.”
Antes de encerrar a palestra, Jobim lembrou que o processo de aparelhamento e capacitação militar do Brasil já conta com fortes parcerias com países europeus, e que as possibilidades de cooperação futuras são enormes.
Porém, disse que “estas possibilidades serão tanto maiores quanto menor for o apoio da Europa a esquemas diplomáticos militares que venham a se entender como tentativas de reduzir a margem de autonomia do Brasil”.
FONTE: BBC Brasil
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domingo, 28 de novembro de 2010
EMPREGO DO EXÉRCITO NO RIO DE JANEIRO
EMPREGO DO EXÉRCITO NO RIO DE JANEIRO
(O Exército faz isso sem qualquer coloração ideológica ou partidária.
“O partido do Exército é o Brasil!”).
General de Ex R1- CARLOS ALBERTO PINTO SILVA -
ex-comandante de Operações Terrestres (COTer),
do Comando Militar do Sul, e do Comando Militar do Oeste
Existem implicações de ordem política, na atual conjuntura de fim de governo, que poderão, eventualmente, gerar reflexos futuros, em relação ao emprego das Forças Armadas na Garantia da Lei da Ordem (GLO).
As forças empregadas têm seu objetivo e sua ação determinados por autoridades e por instituições militares previstas na legislação vigente, e os criminosos não estão sujeitos a restrições políticas e/ou legais.
Para a Força Terrestre, no caso do Rio de Janeiro, trata-se de um emprego de GLO, em um ambiente típico de conflito de um Estado contra Grupos não estatais (Criminosos), enquadrado no que se vem rotulando de “novas ameaças”, onde a tropa atuará numa operação não convencional, urbana, com grande probabilidade de enfrentar grupos de atores cuja intenção é abater a força de vontade da sociedade, a credibilidade dos governos e a eficiência dos Órgãos de Segurança Pública. Em outras palavras, trata-se de um “ambiente assimétrico”, aquele em que a correlação de forças é extremamente acentuada, o que exigirá o desempenho de capacidades específicas para o cumprimento da missão atribuída.
Assim, estamos diante, mais uma vez, de uma situação determinada pelos três pilares básicos que sustentam a preparação e o emprego de forças, segundo a sua destinação constitucional:
Vontade Política - Decisão
Capacidades Respaldo Legal
A vontade política está definida e foi geradora da decisão de empregar a tropa em apoio à segurança pública no Rio de Janeiro.
As tropas que serão empregadas possuem as capacidades exigidas para cumprir a missão, pois são regularmente preparadas e adestradas para enfrentar as novas ameaças.
O respaldo legal é que pode ser considerado questionável.
Para empregar as Forças Armadas o mais recomendado seria a decretação do Estado de Defesa, porém, os governantes preferem que os riscos fiquem por conta dos militares, relutam em determiná-lo e optam por ordens genéricas, deixando decisões e consequências desastrosas aos soldados, e permitindo que um ato que desagrade a um segmento da população seja transformado em um hipotético excesso na ação, com o militar acabando no banco dos réus, arcando com todas as responsabilidades e problemas na justiça.
Nossa Constituição nos mostra o caminho, que nos parece o mais acertado:
"Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçada por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.”
Outros fatores, também, devem ser considerados:
A operação abarca aspectos muito variados, tendo implicações políticas, sociais, e psicológicas, além, por conseguinte, da puramente militar.
Os criminosos e seus centros de gravidade estarão situados nas Comunidades e em áreas adjacentes e o seu combate terá que ser realizado, apesar da dificuldade na identificação e de todas as eventuais consequências decorrentes dessa ação.
O terreno é caracterizado pela concentração de construções destinadas à moradia; vias de acesso restritas para a maioria dos veículos; campos de tiro e observação muito reduzidos; e um emaranhado de becos e vielas que dificulta a progressão e a orientação por parte da tropa.
Os grupos criminosos que atuam no local têm perfeito conhecimento do terreno, podendo tirar proveito disso para desencadear ações contra as forças militares empregadas.
Os criminosos, em princípio, não enfrentarão as forças em zonas que permitam fazer amplo uso de suas capacidades militares. O mais provável é que busquem proteção mediante a sua disseminação entre a população civil.
Os criminosos, para alcançar seus objetivos, poderão empregar ações de terror, táticas irregulares e, às vezes, irracionais e a manipulação da informação.
Os objetivos devem ser claramente definidos e vinculados à capacidade militar, com ênfase na moderação e na aplicação prudente da força.
Há necessidade da valorização correta da ameaça e controle do emprego da tropa, pois a história demonstra que as represálias precipitadas e as ações violentas superiores ao necessário (efeitos destrutivos “considerados maiores que os admitidos”), além de não conseguirem demover os criminosos, geram a reação negativa da opinião pública. Os danos colaterais à população, que podem comprometer seriamente o andamento e/ou o sucesso da operação, devem ser evitados a todo custo.
Há uma falta de respeito, por parte dos delinquentes, às normas sociais legais estabelecidas.
Os criminosos exploram seus êxitos e os eventuais fracassos da tropa, sobretudo os que produzem efeitos contíguos no seio da população, logo, torna-se imperativo lutar contra a propaganda adversa e a desinformação, por meio de uma intensa campanha psicológica que tenha repercussão positiva na opinião pública das comunidades locais e na da cidade do Rio de Janeiro.
As forças empregadas deverão procurar conhecer a componente cultural da população da área. Integrando-se à população civil, as tropas poderão tomar conhecimento sobre o que está acontecendo. Essa integração gera a empatia com a população e favorece a proteção e a operação das forças empregadas.
Somente um comando único poderá conseguir que os esforços desenvolvidos por cada um dos meios aplicados se dirijam de forma coordenada aos mesmos objetivos.
A estrutura hierárquica deve estar muito bem definida, assim como as responsabilidades dos principais escalões que enquadram as forças empregadas.
A Inteligência deve potencializar todas as fontes de informação, tanto civis como militares, sendo conveniente montar ações de alcance variável e com a finalidade primordial de se manter informado.
A ação deve ser integrada. O planejamento, a preparação e a execução das operações devem ser realizadas de modo coordenado com todas as organizações de segurança pública do Governo Federal do Estado do Rio de Janeiro e das Forças Armadas.
É importante defender a ideia, perante a sociedade carioca, de que as Forças Armadas, sempre, oferecem o seu apoio às iniciativas governamentais destinadas a garantir a segurança, a ordem, o desenvolvimento e a ajudar a população, principalmente a mais carente. Faz isso sem qualquer coloração ideológica ou partidária. “O partido do Exército é o Brasil!” Que essa situação é totalmente diferente daquela que foi citada por autoridade de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, que gratuitamente tentou jogar a opinião pública contra o Exército, ignorando as últimas pesquisas que mostram a confiança da sociedade brasileira na Força.
(O Exército faz isso sem qualquer coloração ideológica ou partidária.
“O partido do Exército é o Brasil!”).
General de Ex R1- CARLOS ALBERTO PINTO SILVA -
ex-comandante de Operações Terrestres (COTer),
do Comando Militar do Sul, e do Comando Militar do Oeste
Existem implicações de ordem política, na atual conjuntura de fim de governo, que poderão, eventualmente, gerar reflexos futuros, em relação ao emprego das Forças Armadas na Garantia da Lei da Ordem (GLO).
As forças empregadas têm seu objetivo e sua ação determinados por autoridades e por instituições militares previstas na legislação vigente, e os criminosos não estão sujeitos a restrições políticas e/ou legais.
Para a Força Terrestre, no caso do Rio de Janeiro, trata-se de um emprego de GLO, em um ambiente típico de conflito de um Estado contra Grupos não estatais (Criminosos), enquadrado no que se vem rotulando de “novas ameaças”, onde a tropa atuará numa operação não convencional, urbana, com grande probabilidade de enfrentar grupos de atores cuja intenção é abater a força de vontade da sociedade, a credibilidade dos governos e a eficiência dos Órgãos de Segurança Pública. Em outras palavras, trata-se de um “ambiente assimétrico”, aquele em que a correlação de forças é extremamente acentuada, o que exigirá o desempenho de capacidades específicas para o cumprimento da missão atribuída.
Assim, estamos diante, mais uma vez, de uma situação determinada pelos três pilares básicos que sustentam a preparação e o emprego de forças, segundo a sua destinação constitucional:
Vontade Política - Decisão
Capacidades Respaldo Legal
A vontade política está definida e foi geradora da decisão de empregar a tropa em apoio à segurança pública no Rio de Janeiro.
As tropas que serão empregadas possuem as capacidades exigidas para cumprir a missão, pois são regularmente preparadas e adestradas para enfrentar as novas ameaças.
O respaldo legal é que pode ser considerado questionável.
Para empregar as Forças Armadas o mais recomendado seria a decretação do Estado de Defesa, porém, os governantes preferem que os riscos fiquem por conta dos militares, relutam em determiná-lo e optam por ordens genéricas, deixando decisões e consequências desastrosas aos soldados, e permitindo que um ato que desagrade a um segmento da população seja transformado em um hipotético excesso na ação, com o militar acabando no banco dos réus, arcando com todas as responsabilidades e problemas na justiça.
Nossa Constituição nos mostra o caminho, que nos parece o mais acertado:
"Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçada por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.”
Outros fatores, também, devem ser considerados:
A operação abarca aspectos muito variados, tendo implicações políticas, sociais, e psicológicas, além, por conseguinte, da puramente militar.
Os criminosos e seus centros de gravidade estarão situados nas Comunidades e em áreas adjacentes e o seu combate terá que ser realizado, apesar da dificuldade na identificação e de todas as eventuais consequências decorrentes dessa ação.
O terreno é caracterizado pela concentração de construções destinadas à moradia; vias de acesso restritas para a maioria dos veículos; campos de tiro e observação muito reduzidos; e um emaranhado de becos e vielas que dificulta a progressão e a orientação por parte da tropa.
Os grupos criminosos que atuam no local têm perfeito conhecimento do terreno, podendo tirar proveito disso para desencadear ações contra as forças militares empregadas.
Os criminosos, em princípio, não enfrentarão as forças em zonas que permitam fazer amplo uso de suas capacidades militares. O mais provável é que busquem proteção mediante a sua disseminação entre a população civil.
Os criminosos, para alcançar seus objetivos, poderão empregar ações de terror, táticas irregulares e, às vezes, irracionais e a manipulação da informação.
Os objetivos devem ser claramente definidos e vinculados à capacidade militar, com ênfase na moderação e na aplicação prudente da força.
Há necessidade da valorização correta da ameaça e controle do emprego da tropa, pois a história demonstra que as represálias precipitadas e as ações violentas superiores ao necessário (efeitos destrutivos “considerados maiores que os admitidos”), além de não conseguirem demover os criminosos, geram a reação negativa da opinião pública. Os danos colaterais à população, que podem comprometer seriamente o andamento e/ou o sucesso da operação, devem ser evitados a todo custo.
Há uma falta de respeito, por parte dos delinquentes, às normas sociais legais estabelecidas.
Os criminosos exploram seus êxitos e os eventuais fracassos da tropa, sobretudo os que produzem efeitos contíguos no seio da população, logo, torna-se imperativo lutar contra a propaganda adversa e a desinformação, por meio de uma intensa campanha psicológica que tenha repercussão positiva na opinião pública das comunidades locais e na da cidade do Rio de Janeiro.
As forças empregadas deverão procurar conhecer a componente cultural da população da área. Integrando-se à população civil, as tropas poderão tomar conhecimento sobre o que está acontecendo. Essa integração gera a empatia com a população e favorece a proteção e a operação das forças empregadas.
Somente um comando único poderá conseguir que os esforços desenvolvidos por cada um dos meios aplicados se dirijam de forma coordenada aos mesmos objetivos.
A estrutura hierárquica deve estar muito bem definida, assim como as responsabilidades dos principais escalões que enquadram as forças empregadas.
A Inteligência deve potencializar todas as fontes de informação, tanto civis como militares, sendo conveniente montar ações de alcance variável e com a finalidade primordial de se manter informado.
A ação deve ser integrada. O planejamento, a preparação e a execução das operações devem ser realizadas de modo coordenado com todas as organizações de segurança pública do Governo Federal do Estado do Rio de Janeiro e das Forças Armadas.
É importante defender a ideia, perante a sociedade carioca, de que as Forças Armadas, sempre, oferecem o seu apoio às iniciativas governamentais destinadas a garantir a segurança, a ordem, o desenvolvimento e a ajudar a população, principalmente a mais carente. Faz isso sem qualquer coloração ideológica ou partidária. “O partido do Exército é o Brasil!” Que essa situação é totalmente diferente daquela que foi citada por autoridade de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, que gratuitamente tentou jogar a opinião pública contra o Exército, ignorando as últimas pesquisas que mostram a confiança da sociedade brasileira na Força.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Seminário Internacional sobre Repressão ao Crime Organizado
Bo Mathiasen
Excelentíssimo senhor José Antônio Dias Tofolli, ministro do Supremo tribunal Federal;
Excelentíssimo senhor Roberto Gurgel, Procurador-geral da República;
Excelentíssimo senhor deputado federal João Campos;
Excelentíssimo senhor Luiz Fernando Corrêa, Diretor-Geral da Polícia Federal;
Prezados senhores e senhoras participantes,
É com satisfação que o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime para Brasil e o Cone Sul se une à Polícia Federal brasileira para realizar este Seminário Internacional sobre Repressão ao Crime Organizado, que reúne algumas das mais altas autoridades de segurança e de justiça da região.
O crime organizado transnacional é uma das principais ameaças à segurança pública e representa um entrave para o desenvolvimento social, econômico e político das sociedades em todo o mundo. Trata-se de um fenômeno multifacetado que se manifesta em diferentes tipos de crime, tais como tráfico de drogas, tráfico de seres humanos, contrabando de migrantes, tráfico de armas, lavagem de dinheiro, entre outros.
Como se sabe, a globalização tem implicado profundas transformações na vida de pessoas, sociedades e Estados. As fronteiras entre os países hoje são mais permeáveis e o trânsito de pessoas, mercadorias, serviços e recursos é cada vez mais ágil. Esse processo, que facilita o comércio e a integração entre os povos, também implica mudanças radicais nas dinâmicas dos crimes e da violência. Afinal, as tecnologias que possibilitam melhorias substantivas nas vidas das pessoas também são utilizadas por aqueles que burlam as leis, cometem crimes e desafiam a justiça.
Por isso, cresce a importância da cooperação internacional e do intercâmbio de experiências em matéria de justiça criminal e de prevenção ao crime. É fundamental uma atuação articulada para enfrentar, com maior eficiência, grupos criminosos dispersos ao redor do mundo, que muitas vezes possuem alta capacidade de comunicação e organização.
Se o crime é organizado, nós também precisamos nos organizar. Precisamos agir de maneira rápida e eficiente, utilizando as ferramentas tecnológicas que temos disponíveis, como as técnicas investigativas de interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas, cujo uso está previsto na Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional, conhecida como Convenção de Palermo, à qual todos os países da região são signatários.
Vemos que o crime organizado tem, algumas vezes, utilizado atos de terrorismo para ameaçar e intimidar a população e as autoridades. E, ainda que o terrorismo não seja uma preocupação geral de todos os países da região, alguns desses países já enfrentaram episódios terroristas. Para conter o avanço dessa prática e desarticular os grupos criminosos organizados que utilizam da violência extrema, é preciso haver um serviço de inteligência e respostas muito ágeis por parte do poderes públicos.
É preciso agir com rapidez, mas, ao mesmo tempo, com responsabilidade. O uso das ferramentas de interceptação deve ser feito no lugar certo, no momento certo e na medida certa. Para isso, precisamos compartilhar experiências entre os países e discutir com profundidade o uso dessas técnicas investigativas com todos os atores envolvidos no sistema de investigação e de justiça criminal: policiais, investigadores, peritos, promotores, juízes, advogados, enfim, todo a gama de profissionais que estão envolvidos nesses temas. É preciso criar um sistema com checks and balances, de pesos e contrapesos, que preservem a segurança institucional e evitem o abuso em qualquer etapa da investigação e do processo.
Afinal, as investigações devem servir para antever situações e riscos e, principalmente, para proteger a população, para garantir o Estado de Direito e, por conseguinte, para preservar a estado democrático.
Quero dar uma especial saudação de boas vindas para nossos colegas argentinos, bolivianos, chilenos, colombianos, equatorianos, paraguaios, peruanos e uruguaios. Os senhores, que trabalham diretamente no combate ao crime organizado, sabem melhor do que eu que os grupos criminosos, cada vez mais, atuam em diferentes países e têm integrantes de distintas nacionalidades.
Cada vez mais, os problemas de um país são problemas de todos. Por isso, devemos buscar soluções regionais, por meio de cooperação internacional, para problemas complexos e de caráter transnacional. Nossa atuação somente será eficaz se trabalharmos juntos, com legislações compatíveis, assumindo uma postura de corresponsabilidade entre os diferentes países e uma vontade política de compartilhar informações para, efetivamente, obter juntos, conquistas e resultados no combate ao crime organizado. Muito obrigado.
19-05-2010
Fonte; UNODC
http://www.unodc.org/southerncone/pt/imprensa/discursos/2010/05-19-seminario-internacional-sobre-repressao-ao-crime-organizado.html
Excelentíssimo senhor José Antônio Dias Tofolli, ministro do Supremo tribunal Federal;
Excelentíssimo senhor Roberto Gurgel, Procurador-geral da República;
Excelentíssimo senhor deputado federal João Campos;
Excelentíssimo senhor Luiz Fernando Corrêa, Diretor-Geral da Polícia Federal;
Prezados senhores e senhoras participantes,
É com satisfação que o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime para Brasil e o Cone Sul se une à Polícia Federal brasileira para realizar este Seminário Internacional sobre Repressão ao Crime Organizado, que reúne algumas das mais altas autoridades de segurança e de justiça da região.
O crime organizado transnacional é uma das principais ameaças à segurança pública e representa um entrave para o desenvolvimento social, econômico e político das sociedades em todo o mundo. Trata-se de um fenômeno multifacetado que se manifesta em diferentes tipos de crime, tais como tráfico de drogas, tráfico de seres humanos, contrabando de migrantes, tráfico de armas, lavagem de dinheiro, entre outros.
Como se sabe, a globalização tem implicado profundas transformações na vida de pessoas, sociedades e Estados. As fronteiras entre os países hoje são mais permeáveis e o trânsito de pessoas, mercadorias, serviços e recursos é cada vez mais ágil. Esse processo, que facilita o comércio e a integração entre os povos, também implica mudanças radicais nas dinâmicas dos crimes e da violência. Afinal, as tecnologias que possibilitam melhorias substantivas nas vidas das pessoas também são utilizadas por aqueles que burlam as leis, cometem crimes e desafiam a justiça.
Por isso, cresce a importância da cooperação internacional e do intercâmbio de experiências em matéria de justiça criminal e de prevenção ao crime. É fundamental uma atuação articulada para enfrentar, com maior eficiência, grupos criminosos dispersos ao redor do mundo, que muitas vezes possuem alta capacidade de comunicação e organização.
Se o crime é organizado, nós também precisamos nos organizar. Precisamos agir de maneira rápida e eficiente, utilizando as ferramentas tecnológicas que temos disponíveis, como as técnicas investigativas de interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas, cujo uso está previsto na Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional, conhecida como Convenção de Palermo, à qual todos os países da região são signatários.
Vemos que o crime organizado tem, algumas vezes, utilizado atos de terrorismo para ameaçar e intimidar a população e as autoridades. E, ainda que o terrorismo não seja uma preocupação geral de todos os países da região, alguns desses países já enfrentaram episódios terroristas. Para conter o avanço dessa prática e desarticular os grupos criminosos organizados que utilizam da violência extrema, é preciso haver um serviço de inteligência e respostas muito ágeis por parte do poderes públicos.
É preciso agir com rapidez, mas, ao mesmo tempo, com responsabilidade. O uso das ferramentas de interceptação deve ser feito no lugar certo, no momento certo e na medida certa. Para isso, precisamos compartilhar experiências entre os países e discutir com profundidade o uso dessas técnicas investigativas com todos os atores envolvidos no sistema de investigação e de justiça criminal: policiais, investigadores, peritos, promotores, juízes, advogados, enfim, todo a gama de profissionais que estão envolvidos nesses temas. É preciso criar um sistema com checks and balances, de pesos e contrapesos, que preservem a segurança institucional e evitem o abuso em qualquer etapa da investigação e do processo.
Afinal, as investigações devem servir para antever situações e riscos e, principalmente, para proteger a população, para garantir o Estado de Direito e, por conseguinte, para preservar a estado democrático.
Quero dar uma especial saudação de boas vindas para nossos colegas argentinos, bolivianos, chilenos, colombianos, equatorianos, paraguaios, peruanos e uruguaios. Os senhores, que trabalham diretamente no combate ao crime organizado, sabem melhor do que eu que os grupos criminosos, cada vez mais, atuam em diferentes países e têm integrantes de distintas nacionalidades.
Cada vez mais, os problemas de um país são problemas de todos. Por isso, devemos buscar soluções regionais, por meio de cooperação internacional, para problemas complexos e de caráter transnacional. Nossa atuação somente será eficaz se trabalharmos juntos, com legislações compatíveis, assumindo uma postura de corresponsabilidade entre os diferentes países e uma vontade política de compartilhar informações para, efetivamente, obter juntos, conquistas e resultados no combate ao crime organizado. Muito obrigado.
19-05-2010
Fonte; UNODC
http://www.unodc.org/southerncone/pt/imprensa/discursos/2010/05-19-seminario-internacional-sobre-repressao-ao-crime-organizado.html
Crime organizado gera US$ 119 bilhões por ano no mundo, diz ONU!
Da AFP
imprimir O crime organizado gera cerca de US$ 119 bilhões por ano no mundo, sendo o tráfico de drogas o mais lucrativo, informou nesta segunda-feira o Escritório das Nações Unidas de luta contra o narcotráfico e o crime organizado (UNODC).
O crime organizado aumentou "até tomar proporções mundiais", declarou o diretor da UNODC Yuri Fedotov em um comunicado difundido por ocasião da abertura da reunião da Convenção de Palermo contra o Crime Organizado.
A cocaína e a heroína rendem US$ 105 bilhões, segundo um relatório anual da UNODC, sediado em Viena.
O tráfico de seres humanos, imigrantes ou profissionais do sexo gera para as organizações criminosas quase US$ 10 bilhões.
Novos tráficos estão se desenvolvendo, como o comércio ilegal de recursos naturais (US$ 3,5 bilhões), contrabando de medicamentos (US$ 1,6 bilhões), ou a cibercriminalidade (US$ 1 bilhão).
Segundo Fedotov, a Convenção de Palerma, que visa a facilitar a cooperação entre polícia e justiça para lutar contra o crime organizado, é um instrumento poderoso, mas não utilizado suficientemente.
"Nós temos também necessidade de uma resposta global que reforça a resistência ao crime organizado em seus locais de origem, ao longo das rotas do tráfico e nos destinos finais dos bens ilegais", declarou ainda Fedotov.
Os 157 Estados que ratificaram a Convenção de Palerma de luta contra o crime organizado transnacional, adotada em 2000, se reunirão até a sexta-feira em Viena para fazer um balanço da aplicação deste acordo.
Fonte: G-1
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/10/onu-crime-organizado-gera-119-bilhoes-de-dolares-por-ano-no-mundo.html
imprimir O crime organizado gera cerca de US$ 119 bilhões por ano no mundo, sendo o tráfico de drogas o mais lucrativo, informou nesta segunda-feira o Escritório das Nações Unidas de luta contra o narcotráfico e o crime organizado (UNODC).
O crime organizado aumentou "até tomar proporções mundiais", declarou o diretor da UNODC Yuri Fedotov em um comunicado difundido por ocasião da abertura da reunião da Convenção de Palermo contra o Crime Organizado.
A cocaína e a heroína rendem US$ 105 bilhões, segundo um relatório anual da UNODC, sediado em Viena.
O tráfico de seres humanos, imigrantes ou profissionais do sexo gera para as organizações criminosas quase US$ 10 bilhões.
Novos tráficos estão se desenvolvendo, como o comércio ilegal de recursos naturais (US$ 3,5 bilhões), contrabando de medicamentos (US$ 1,6 bilhões), ou a cibercriminalidade (US$ 1 bilhão).
Segundo Fedotov, a Convenção de Palerma, que visa a facilitar a cooperação entre polícia e justiça para lutar contra o crime organizado, é um instrumento poderoso, mas não utilizado suficientemente.
"Nós temos também necessidade de uma resposta global que reforça a resistência ao crime organizado em seus locais de origem, ao longo das rotas do tráfico e nos destinos finais dos bens ilegais", declarou ainda Fedotov.
Os 157 Estados que ratificaram a Convenção de Palerma de luta contra o crime organizado transnacional, adotada em 2000, se reunirão até a sexta-feira em Viena para fazer um balanço da aplicação deste acordo.
Fonte: G-1
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/10/onu-crime-organizado-gera-119-bilhoes-de-dolares-por-ano-no-mundo.html
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Email do prof. Marco Antônio para os concurseiros!
Olá Concurseiros!
Aqui esta o Email para os interessados nos curso da ABIN!
marcoantonio.professor@gmail.com
Sucesso a todos!
Aqui esta o Email para os interessados nos curso da ABIN!
marcoantonio.professor@gmail.com
Sucesso a todos!
SNI - O serviço Nacional de Informações!
O Brasil, no início da década de 60, apresentou um cenário interno bastante conturbado, gerando manifestações de segmentos da sociedade. O quadro evoluiu para uma intervenção militar no processo político nacional em 1964.
No mesmo ano foi criado o Serviço Nacional de Informações - SNI, mediante a Lei nº 4.341, cujo texto lhe atribuía a função de "superintender e coordenar as atividades de Informações e Contra-Informações, em particular as que interessem à Segurança Nacional". O novo órgão era diretamente ligado à Presidência da República, e operaria em proveito do Presidente e do Conselho de Segurança Nacional.
O SNI incorporou todo o acervo do SFICI, inclusive todos os funcionários civis e militares que nele exerciam funções. De acordo com a lei, o chefe do SNI teria sua nomeação sujeita à aprovação prévia do Senado Federal e teria prerrogativas de ministro.
O SNI foi organizado com estrutura similar àquela do extinto SFICI, com as necessárias adaptações decorrentes do novo cenário político. Em síntese, foram criadas uma Agência Central e doze Agências Regionais, distribuídas por todo o território nacional. A Agência Central teve seu desdobramento organizacional em segmentos que cuidavam, em nível nacional, das Informações Externas, das Informações Internas, da Contra-Informação e das Operações de Informações.
Em face das exigências conjunturais, os subseqüentes governos do período (1964-1985) trataram de estabelecer o ordenamento jurídico decorrente que regularia a atividade de informações, mediante a criação de novos órgãos, a composição de sistemas, a implantação de uma escola e o desenvolvimento de uma doutrina específica.
Em 1971, foi criada a Escola Nacional de Informações - EsNI, cuja estrutura de funcionamento se baseou nos modelos adotados por congêneres de outros países, particularmente Alemanha, Estados Unidos da América e Inglaterra.
De acordo com o texto legal, a EsNI tinha como finalidade: "preparar civis e militares para o atendimento das necessidades de informações e contra-informações do Sistema Nacional de Informações; cooperar no desenvolvimento da doutrina nacional de informações; e realizar pesquisas em proveito do melhor rendimento das atividades do Sistema Nacional de Informações".
A EsNI, em sua trajetória histórica, passou a realizar programas específicos de treinamento, denominados cursos e estágios, além de promover eventos especiais, tais como seminários e painéis, sempre voltados para o aprimoramento da doutrina nacional de informações.
O funcionamento do Sistema Nacional de Informações - SISNI foi implementado em decorrência do Plano Nacional de Informações - PNI, estabelecendo que os "Objetivos Nacionais de Informações - ONI" tinham por finalidade "orientar a produção de informações necessárias ao planejamento da política nacional, bem como ao seu adequado acompanhamento, visando à execução dos objetivos nacionais".
O SISNI era coordenado pelo SNI, em seu mais alto nível, e composto por organismos setoriais de informações no âmbito dos ministérios civis e militares do Poder Executivo, alcançando as autarquias e as empresas públicas a eles vinculadas.
Ao SISNI também foram acoplados, por canais técnicos, os órgãos de Informações da alçada dos governos e dos Estados da Federação.
Na década de 70, para prover a segurança das comunicações de suas informações sigilosas, o Estado brasileiro utilizava equipamentos criptográficos de origem estrangeira, representando grave vulnerabilidade quanto à preservação de sua confidencialidade. Naquela oportunidade, as análises procedidas pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) indicaram a premente necessidade de o Brasil desenvolver recursos criptográficos próprios, usando tecnologia exclusivamente nacional.
Em 1977, o Ministério das Relações Exteriores e o SNI celebraram convênio, intitulado "Projeto Prólogo", cujos objetivos principais eram a realização de pesquisas no campo da criptologia e o desenvolvimento da criptoanálise e de projetos e equipamentos criptográficos.
O Projeto Prólogo resultou na criação do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para a Segurança das Comunicações - Cepesc .
Os primeiros produtos foram fabricados no início daquela década, podendo ser citados os equipamentos AS-2T, de uso online em canais de telex, CP-1 e CF-1, de utilização offline.
Desde então, o Cepesc passou a ser o fornecedor de diversas entidades estratégicas nacionais, destacando-se como clientes prioritários a Presidência da República, o Ministério das Relações Exteriores, os organismos de Informações, os ministérios militares e o Banco Central.
Durante o governo do Presidente José Sarney, constituiu-se um grupo de trabalho específico, com representações da Agência Central do SNI, e da EsNI, que elaborou o manual de Informações do SNI, aprovado pela Portaria nº 36, de 1989, redefinindo os conceitos doutrinários para as Informações no Brasil. Concebeu-se assim um novo conceito para as atividades de informações, cujo desdobramento se deu em duas vertentes básicas:
Informação - voltada para a produção do conhecimento; e
Contra-Informação - voltada para a salvaguarda do conhecimento.
Posteriormente, já próximo ao final do governo Sarney, constituiu-se um novo Grupo de trabalho, com o propósito de identificar as virtuais necessidades de aperfeiçoamento da finalidade, organização e da atuação do SNI.
Em conseqüência, propôs-se uma nova concepção organizacional, compatível com a realidade nacional, mediante a elaboração do Projeto SNI, em que ficou delimitado o campo de competência da estrutura. Deveria o "novo SNI" atuar nas áreas de produção de conhecimentos relativos à defesa dos objetivos do Brasil na cena internacional e de salvaguarda dos interesses do Estado contra as ações de espionagem, sabotagem, terrorismo e outras que colocassem em risco as instituições nacionais.
Almejava-se, assim, a depuração do organismo, eliminando de suas funções as possíveis tarefas que extrapolassem sua efetiva competência, desvinculadas do enfoque de segurança da sociedade e do Estado. Todavia, mesmo concluído, o Projeto SNI não chegou a ser implementado, ficando suas propostas disponíveis para o novo governo.
Fonte:ABIN - http://www.abin.gov.br/modules/mastop_publish/?tac=80_anos_da_Atividade_de_Intelig%EAncia_no_Brasil
No mesmo ano foi criado o Serviço Nacional de Informações - SNI, mediante a Lei nº 4.341, cujo texto lhe atribuía a função de "superintender e coordenar as atividades de Informações e Contra-Informações, em particular as que interessem à Segurança Nacional". O novo órgão era diretamente ligado à Presidência da República, e operaria em proveito do Presidente e do Conselho de Segurança Nacional.
O SNI incorporou todo o acervo do SFICI, inclusive todos os funcionários civis e militares que nele exerciam funções. De acordo com a lei, o chefe do SNI teria sua nomeação sujeita à aprovação prévia do Senado Federal e teria prerrogativas de ministro.
O SNI foi organizado com estrutura similar àquela do extinto SFICI, com as necessárias adaptações decorrentes do novo cenário político. Em síntese, foram criadas uma Agência Central e doze Agências Regionais, distribuídas por todo o território nacional. A Agência Central teve seu desdobramento organizacional em segmentos que cuidavam, em nível nacional, das Informações Externas, das Informações Internas, da Contra-Informação e das Operações de Informações.
Em face das exigências conjunturais, os subseqüentes governos do período (1964-1985) trataram de estabelecer o ordenamento jurídico decorrente que regularia a atividade de informações, mediante a criação de novos órgãos, a composição de sistemas, a implantação de uma escola e o desenvolvimento de uma doutrina específica.
Em 1971, foi criada a Escola Nacional de Informações - EsNI, cuja estrutura de funcionamento se baseou nos modelos adotados por congêneres de outros países, particularmente Alemanha, Estados Unidos da América e Inglaterra.
De acordo com o texto legal, a EsNI tinha como finalidade: "preparar civis e militares para o atendimento das necessidades de informações e contra-informações do Sistema Nacional de Informações; cooperar no desenvolvimento da doutrina nacional de informações; e realizar pesquisas em proveito do melhor rendimento das atividades do Sistema Nacional de Informações".
A EsNI, em sua trajetória histórica, passou a realizar programas específicos de treinamento, denominados cursos e estágios, além de promover eventos especiais, tais como seminários e painéis, sempre voltados para o aprimoramento da doutrina nacional de informações.
O funcionamento do Sistema Nacional de Informações - SISNI foi implementado em decorrência do Plano Nacional de Informações - PNI, estabelecendo que os "Objetivos Nacionais de Informações - ONI" tinham por finalidade "orientar a produção de informações necessárias ao planejamento da política nacional, bem como ao seu adequado acompanhamento, visando à execução dos objetivos nacionais".
O SISNI era coordenado pelo SNI, em seu mais alto nível, e composto por organismos setoriais de informações no âmbito dos ministérios civis e militares do Poder Executivo, alcançando as autarquias e as empresas públicas a eles vinculadas.
Ao SISNI também foram acoplados, por canais técnicos, os órgãos de Informações da alçada dos governos e dos Estados da Federação.
Na década de 70, para prover a segurança das comunicações de suas informações sigilosas, o Estado brasileiro utilizava equipamentos criptográficos de origem estrangeira, representando grave vulnerabilidade quanto à preservação de sua confidencialidade. Naquela oportunidade, as análises procedidas pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) indicaram a premente necessidade de o Brasil desenvolver recursos criptográficos próprios, usando tecnologia exclusivamente nacional.
Em 1977, o Ministério das Relações Exteriores e o SNI celebraram convênio, intitulado "Projeto Prólogo", cujos objetivos principais eram a realização de pesquisas no campo da criptologia e o desenvolvimento da criptoanálise e de projetos e equipamentos criptográficos.
O Projeto Prólogo resultou na criação do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para a Segurança das Comunicações - Cepesc .
Os primeiros produtos foram fabricados no início daquela década, podendo ser citados os equipamentos AS-2T, de uso online em canais de telex, CP-1 e CF-1, de utilização offline.
Desde então, o Cepesc passou a ser o fornecedor de diversas entidades estratégicas nacionais, destacando-se como clientes prioritários a Presidência da República, o Ministério das Relações Exteriores, os organismos de Informações, os ministérios militares e o Banco Central.
Durante o governo do Presidente José Sarney, constituiu-se um grupo de trabalho específico, com representações da Agência Central do SNI, e da EsNI, que elaborou o manual de Informações do SNI, aprovado pela Portaria nº 36, de 1989, redefinindo os conceitos doutrinários para as Informações no Brasil. Concebeu-se assim um novo conceito para as atividades de informações, cujo desdobramento se deu em duas vertentes básicas:
Informação - voltada para a produção do conhecimento; e
Contra-Informação - voltada para a salvaguarda do conhecimento.
Posteriormente, já próximo ao final do governo Sarney, constituiu-se um novo Grupo de trabalho, com o propósito de identificar as virtuais necessidades de aperfeiçoamento da finalidade, organização e da atuação do SNI.
Em conseqüência, propôs-se uma nova concepção organizacional, compatível com a realidade nacional, mediante a elaboração do Projeto SNI, em que ficou delimitado o campo de competência da estrutura. Deveria o "novo SNI" atuar nas áreas de produção de conhecimentos relativos à defesa dos objetivos do Brasil na cena internacional e de salvaguarda dos interesses do Estado contra as ações de espionagem, sabotagem, terrorismo e outras que colocassem em risco as instituições nacionais.
Almejava-se, assim, a depuração do organismo, eliminando de suas funções as possíveis tarefas que extrapolassem sua efetiva competência, desvinculadas do enfoque de segurança da sociedade e do Estado. Todavia, mesmo concluído, o Projeto SNI não chegou a ser implementado, ficando suas propostas disponíveis para o novo governo.
Fonte:ABIN - http://www.abin.gov.br/modules/mastop_publish/?tac=80_anos_da_Atividade_de_Intelig%EAncia_no_Brasil
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Diplomacia Militar
Em dois movimentos, distantes mais de 2300km entre si, está ocorrendo a mais importante e contundente ação de Diplomacia Militar Brasileira até o momento.
O primeiro movimento ocorreu pela 17ª Brigada de Infantaria de Selva (17 Bda Inf Sl), sede em Porto Velho (Rondônia),vinculada ao Comando Militar da Amazônia (CMA), nos dias 19 e 24 de Junho passado. Foi a chamada “Operação volta para casa.
O texto colocado na página de internet da 17ª Bda Inf Sl, e depois republicado no Noticiário do Exército, edição 02 Julho, é técnico e pode passar desapercebido para o leitor não iniciado na terminologia”(ver matéria no link http://www.defesanet.com.br/md1/mil_dipl_1.htm).
O conceito está baseado no disposto no Decreto Nº 6.592, de 02 Outubro 2008. Ele regulamenta o disposto na Lei nº 11.631, de 27 de dezembro de 2007, que dispõe sobre a Mobilização Nacional e cria o Sistema Nacional de Mobilização - SINAMOB.
Nele há um artigo excepcional. DefesaNet comentou assim na oportunidade: “artigo, que pela primeira vez na história republicana e em especial pós-segunda Guerra Mundial, mostra uma nova postura, que pode mudar a Política Externa Brasileira e afasta sua imagem de país pacifista, o que terá reflexos no futuro do país e na forma como vem tratando seus interesses.”
O capítulo I, Artigo 3 ao qualificar os parâmetros de agressão estrangeira para acionar o SINAMOB explicita:
“São parâmetros para a qualificação da expressão agressão estrangeira, dentre outros, ameaças ou atos lesivos à soberania nacional, à integridade territorial, ao povo brasileiro ou às instituições nacionais, ainda que não signifiquem invasão ao território nacional.”
O que a 17ª Bda Inf Selva realizou é exatamente o que preconiza o decreto, e sua ação foi de dispor os comandos de Fronteira Acre e Rondônia em apoio aos cidadãos Brasileiros, que estão ameaçados, podendo ser nas ações de recebê-los ou ativamente estabelecer corredores de proteção em território estrangeiro para a evacuação ao Brasil.
O Comando Militar do Oeste (CMO), realizou uma ampla operação no ano de 2008, em que previa uma profunda intervenção fora do país, com a criação e proteção de vários corredores de proteção aos brasileiros e descendentes que retornavam ao país, segundo fontes informaram a DefesaNet. Porém na época o objetivo da operação não foi divulgada como agora a realizada pelo Comando Militar da Amazônia (CMA).
O segundo movimento é composto por três operações realizadas pela Força Aérea Brasileira(FAB), sendo uma em conjunto com o Exército, a mais de 2300 km da área de atuação da 17ª Bda Inf Sl, porém ainda dentro do Teatro de Operações da Amazônia. E as três têm o objetivo de enviarem ruídos para serem ouvidos em várias partes do continente.
As três operações realizadas na região da Base Aérea de Boa Vista (BABV), Roraima, são:
1 – SISDABREX – Exercício do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro realizado sob o Comando do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA).
O Exercício tem o objetivo de propiciar o treinamento e o aperfeiçoamento dos meios da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea (Bda AAA) do Exército Brasileiro na defesa de um Ponto Sensível para o Poder Militar Brasileiro, neste caso o aeródromo da Base Aérea de Boa Vista (BABV).
2 – SABRE - Exercício no qual as UAE realizarão missões das Tarefas de Superioridade Aérea, Interdição e Sustentação ao Combate. Tendo em vista o escopo do Exercício ser o treinamento das equipagens para o Exercício CRUZEX V, não haverá montagem de cenário tático Toda a comunicação tática será realizada em inglês. O aprimoramento da Célula de Validação de Resultados é um dos objetivos do exercício, de modo a que se obtenha treinamento o mais próximo possível do real.
3 – TAC – Torneio de Aviação de Caça – No qual representações de TODOS os esquadrões de caça e ataque da FAB estarão presentes.
As Operações SISDABREX e SABRE incorporaram o que de mais atual a FAB e Exército possuem no âmbito de defesa anti-aérea. Estão sendo usados pelas duas forças o Míssil Anti-Aéreo Portátil (MANPADS) IGLA-S recebidos no primeiro semestre da Rússia. Equipes do Exército e FAB estiveram na Rússia por várias semanas recebendo treinamento no emprego, manutenção e operação dos sistemas de simulação adquiridos. Também está sendo empregado o radar SABER, desenvolvimento conjunto entre a empresa ORBISAT e o Centro de Tecnológico do Exército (CTEx).
Na SISDABREX sobre as ordens do comando do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA) oxercício tem o objetivo de propiciar o treinamento e o aperfeiçoamento dos meios da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea (Bda AAA) do Exército Brasileiro na defesa de um Ponto Sensível para o Poder Militar Brasileiro, neste caso o aeródromo da Base Aérea de Boa Vista (BABV). Veja esclarecedora vídeo-entrevista do Maj-Brig Machado descrevendo a operação SISDABREX. (http://www.defesanet.com.br/dntv/79_07jul10.htm)
As operações SABRE e o tradicional Torneio da Aviação de Caça também são um aquecimento e preparação final para a quinta edição da Operação multinacional Cruzeiro do Sul, CRUZEX V, que acontecerá na região nordeste em outubro-novembro desse ano.
Mesmo com a presença, confirmada até esta data, da Força Aérea Bolivariana na CRUZEX V, a presença de tal quantidade de aviões, pilotos e equipes de terra próximos à fronteira com a Venezuela tem a clara intenção de mostrar a presença do Estado Brasileiro e também mandar sinais à Caracas.
É sintomático que a primeira operação onde são empregados os mísseis IGLA-S, praticamente retirando-os das caixas nas quais vieram da Rússia, foi junto à fronteira com a Venezuela.
Lembramos ao leitor, que em Abril de 2009, o Tenente-Coronel Hugo Chávez realizou uma apresentação, que causou muito impacto nos meios militares brasileiros. Foi a demonstração da 1ª Unidade Missilística de Defesa Anti-Aérea de Combatentes a Pé (Infantaria).
Veja vídeo e matéria (http://www.defesanet.com.br/04_09/al_ve_igla.htm)
Os fatos paralelos demonstram a importância das ações da Diplomacia Militar atualmente em curso. Primeiro o Ministro da Defesa está em providencial férias. Segundo e mais importante, o Senhor Presidente da República está a mais de 10.000 km de distância do Brasil, na África.
Nelson Düring
Editor-Chefe
DefesaNet
http://www.defesanet.com.br/md1/mil_dipl.htm
O primeiro movimento ocorreu pela 17ª Brigada de Infantaria de Selva (17 Bda Inf Sl), sede em Porto Velho (Rondônia),vinculada ao Comando Militar da Amazônia (CMA), nos dias 19 e 24 de Junho passado. Foi a chamada “Operação volta para casa.
O texto colocado na página de internet da 17ª Bda Inf Sl, e depois republicado no Noticiário do Exército, edição 02 Julho, é técnico e pode passar desapercebido para o leitor não iniciado na terminologia”(ver matéria no link http://www.defesanet.com.br/md1/mil_dipl_1.htm).
O conceito está baseado no disposto no Decreto Nº 6.592, de 02 Outubro 2008. Ele regulamenta o disposto na Lei nº 11.631, de 27 de dezembro de 2007, que dispõe sobre a Mobilização Nacional e cria o Sistema Nacional de Mobilização - SINAMOB.
Nele há um artigo excepcional. DefesaNet comentou assim na oportunidade: “artigo, que pela primeira vez na história republicana e em especial pós-segunda Guerra Mundial, mostra uma nova postura, que pode mudar a Política Externa Brasileira e afasta sua imagem de país pacifista, o que terá reflexos no futuro do país e na forma como vem tratando seus interesses.”
O capítulo I, Artigo 3 ao qualificar os parâmetros de agressão estrangeira para acionar o SINAMOB explicita:
“São parâmetros para a qualificação da expressão agressão estrangeira, dentre outros, ameaças ou atos lesivos à soberania nacional, à integridade territorial, ao povo brasileiro ou às instituições nacionais, ainda que não signifiquem invasão ao território nacional.”
O que a 17ª Bda Inf Selva realizou é exatamente o que preconiza o decreto, e sua ação foi de dispor os comandos de Fronteira Acre e Rondônia em apoio aos cidadãos Brasileiros, que estão ameaçados, podendo ser nas ações de recebê-los ou ativamente estabelecer corredores de proteção em território estrangeiro para a evacuação ao Brasil.
O Comando Militar do Oeste (CMO), realizou uma ampla operação no ano de 2008, em que previa uma profunda intervenção fora do país, com a criação e proteção de vários corredores de proteção aos brasileiros e descendentes que retornavam ao país, segundo fontes informaram a DefesaNet. Porém na época o objetivo da operação não foi divulgada como agora a realizada pelo Comando Militar da Amazônia (CMA).
O segundo movimento é composto por três operações realizadas pela Força Aérea Brasileira(FAB), sendo uma em conjunto com o Exército, a mais de 2300 km da área de atuação da 17ª Bda Inf Sl, porém ainda dentro do Teatro de Operações da Amazônia. E as três têm o objetivo de enviarem ruídos para serem ouvidos em várias partes do continente.
As três operações realizadas na região da Base Aérea de Boa Vista (BABV), Roraima, são:
1 – SISDABREX – Exercício do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro realizado sob o Comando do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA).
O Exercício tem o objetivo de propiciar o treinamento e o aperfeiçoamento dos meios da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea (Bda AAA) do Exército Brasileiro na defesa de um Ponto Sensível para o Poder Militar Brasileiro, neste caso o aeródromo da Base Aérea de Boa Vista (BABV).
2 – SABRE - Exercício no qual as UAE realizarão missões das Tarefas de Superioridade Aérea, Interdição e Sustentação ao Combate. Tendo em vista o escopo do Exercício ser o treinamento das equipagens para o Exercício CRUZEX V, não haverá montagem de cenário tático Toda a comunicação tática será realizada em inglês. O aprimoramento da Célula de Validação de Resultados é um dos objetivos do exercício, de modo a que se obtenha treinamento o mais próximo possível do real.
3 – TAC – Torneio de Aviação de Caça – No qual representações de TODOS os esquadrões de caça e ataque da FAB estarão presentes.
As Operações SISDABREX e SABRE incorporaram o que de mais atual a FAB e Exército possuem no âmbito de defesa anti-aérea. Estão sendo usados pelas duas forças o Míssil Anti-Aéreo Portátil (MANPADS) IGLA-S recebidos no primeiro semestre da Rússia. Equipes do Exército e FAB estiveram na Rússia por várias semanas recebendo treinamento no emprego, manutenção e operação dos sistemas de simulação adquiridos. Também está sendo empregado o radar SABER, desenvolvimento conjunto entre a empresa ORBISAT e o Centro de Tecnológico do Exército (CTEx).
Na SISDABREX sobre as ordens do comando do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA) oxercício tem o objetivo de propiciar o treinamento e o aperfeiçoamento dos meios da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea (Bda AAA) do Exército Brasileiro na defesa de um Ponto Sensível para o Poder Militar Brasileiro, neste caso o aeródromo da Base Aérea de Boa Vista (BABV). Veja esclarecedora vídeo-entrevista do Maj-Brig Machado descrevendo a operação SISDABREX. (http://www.defesanet.com.br/dntv/79_07jul10.htm)
As operações SABRE e o tradicional Torneio da Aviação de Caça também são um aquecimento e preparação final para a quinta edição da Operação multinacional Cruzeiro do Sul, CRUZEX V, que acontecerá na região nordeste em outubro-novembro desse ano.
Mesmo com a presença, confirmada até esta data, da Força Aérea Bolivariana na CRUZEX V, a presença de tal quantidade de aviões, pilotos e equipes de terra próximos à fronteira com a Venezuela tem a clara intenção de mostrar a presença do Estado Brasileiro e também mandar sinais à Caracas.
É sintomático que a primeira operação onde são empregados os mísseis IGLA-S, praticamente retirando-os das caixas nas quais vieram da Rússia, foi junto à fronteira com a Venezuela.
Lembramos ao leitor, que em Abril de 2009, o Tenente-Coronel Hugo Chávez realizou uma apresentação, que causou muito impacto nos meios militares brasileiros. Foi a demonstração da 1ª Unidade Missilística de Defesa Anti-Aérea de Combatentes a Pé (Infantaria).
Veja vídeo e matéria (http://www.defesanet.com.br/04_09/al_ve_igla.htm)
Os fatos paralelos demonstram a importância das ações da Diplomacia Militar atualmente em curso. Primeiro o Ministro da Defesa está em providencial férias. Segundo e mais importante, o Senhor Presidente da República está a mais de 10.000 km de distância do Brasil, na África.
Nelson Düring
Editor-Chefe
DefesaNet
http://www.defesanet.com.br/md1/mil_dipl.htm
Avibras tem projeto de foguetes de R$ 1,2 bi
O Comando do Exército e a Avibras Aeroespacial vão desenvolver, em programa conjunto, o sistema Astros 2020, próxima geração do bem-sucedido Astros, conjunto lançador de foguetes de artilharia de saturação.
No novo conceito, a arma passa a incorporar um míssil de cruzeiro com alta precisão e alcance de 300 quilômetros, o AV-TM e munições com maior poder de fogo. O principal avanço todavia é na área eletrônica, toda digital.
O investimento no projeto está estimado em R$ 1,2 bilhão, distribuído ao longo de seis anos.
A parceria com o Exército implica aprovação técnica, mas não financeira. A questão do dinheiro será levada hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim. Guido Mantega, da Fazenda, deve participar.
O programa é vital para a Avibras. Segundo um relatório a que o Estado teve acesso, sem a encomenda e sem recursos em caixa seria necessário demitir cerca de 600 funcionários da empresa e, na rede de fornecedores, os cortes atingiriam até 1.800 vagas. A carteira internacional, envolvendo países como a Arábia Saudita, Malásia, Catar e Colômbia - todos usuários do Astros II - seria posta em risco pela descontinuidade no atendimento. Há novos negócios em andamento na África, na Ásia e no Oriente Médio.
O presidente da empresa, Sami Hassuani, afirma que "as Forças estrangeiras que empregam o Astros têm acompanhado o desenvolvimento do míssil AV-TM e sinalizado seu interesse - pelas nossas avaliações, essas vendas, combinadas com o pacote de modernização tecnológica necessária, podem chegar a cerca de US$ 2 bilhões". A expectativa de novas encomendas nas regiões onde a indústria brasileira de defesa trabalha bate em US$ 3 bilhões ao longo dos próximos dez anos.
A disposição do governo é a de firmar com a Avibras um acordo comercial de 60 meses para aquisição de produtos. Isso vai permitir que o grupo negocie garantias bancárias para manter suas operações.
Sindicato
O movimento da organização recebeu o apoio do Sindicato dos Metalúrgicos. O presidente Vivaldo Moreira Araújo revela sua preocupação "com a manutenção do emprego e da qualificação profissional dos trabalhadores da Avibras, que já foi penalizada pela burocracia do governo no passado recente", uma referência aos 12 meses que a companhia esperou pela emissão das cautelas exigidas por uma exportação para a Malásia no valor de 212,5 milhões. Por causa da lentidão, a corporação entrou em regime de recuperação judicial. As entregas foram concluídas em junho, junto com um lote de munições e componentes destinados ao exército do Catar.
A Avibras está virando sócia do governo federal. O grupo, de São José dos Campos, terá a participação do sistema financeiro da União na proporção de 15% a 25% na forma prevista na Lei n.º 11941/09, por meio da conversão das dívidas. Sami Hassuani garante que "as contas estão em dia; todos os compromissos trabalhistas foram quitados e, da mesma forma, a dívida com os fornecedores - o balanço fechou em azul".
O faturamento do grupo formado cresceu. Foi de R$ 60 milhões em 2007, bateu em R$ 250 milhões em 2009, "e tem potencial para chegar aos R$ 500 milhões até dezembro", segundo Hassuani. O Astros 2020 é muito avançado. O painel é digital, a navegação é operada por GPS e sinais de satélite, a central de comunicação, criptográfica. "Trata-se de um conceito novo, sustentado pelo conhecimento já adquirido", explica Hassuani. "Ele vai se integrar com o míssil de cruzeiro AV-TM, de 300 quilômetros de alcance, na etapa de testes e certificação", explica ele, para quem "o empreendimento vai permitir ao Exército atuar de forma integrada com a defesa antiaérea, criando um meio de uso comum para as plataformas, os caminhões, parte dos sensores eletrônicos e os veículos de comando".
"O mercado de vendas internacionais para o Astros 2020 bate em cerca de US$ 5 bilhões - US$ 2 bilhões para clientes tradicionais e mais US$ 3 bilhões em novos negócios para Forças da África, Ásia e Oriente Médio, ao longo dos próximos dez anos."
Roberto Godoy
http://www.defesanet.com.br/01_lz/eurosatory2010/01_avibras_1.htm
No novo conceito, a arma passa a incorporar um míssil de cruzeiro com alta precisão e alcance de 300 quilômetros, o AV-TM e munições com maior poder de fogo. O principal avanço todavia é na área eletrônica, toda digital.
O investimento no projeto está estimado em R$ 1,2 bilhão, distribuído ao longo de seis anos.
A parceria com o Exército implica aprovação técnica, mas não financeira. A questão do dinheiro será levada hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim. Guido Mantega, da Fazenda, deve participar.
O programa é vital para a Avibras. Segundo um relatório a que o Estado teve acesso, sem a encomenda e sem recursos em caixa seria necessário demitir cerca de 600 funcionários da empresa e, na rede de fornecedores, os cortes atingiriam até 1.800 vagas. A carteira internacional, envolvendo países como a Arábia Saudita, Malásia, Catar e Colômbia - todos usuários do Astros II - seria posta em risco pela descontinuidade no atendimento. Há novos negócios em andamento na África, na Ásia e no Oriente Médio.
O presidente da empresa, Sami Hassuani, afirma que "as Forças estrangeiras que empregam o Astros têm acompanhado o desenvolvimento do míssil AV-TM e sinalizado seu interesse - pelas nossas avaliações, essas vendas, combinadas com o pacote de modernização tecnológica necessária, podem chegar a cerca de US$ 2 bilhões". A expectativa de novas encomendas nas regiões onde a indústria brasileira de defesa trabalha bate em US$ 3 bilhões ao longo dos próximos dez anos.
A disposição do governo é a de firmar com a Avibras um acordo comercial de 60 meses para aquisição de produtos. Isso vai permitir que o grupo negocie garantias bancárias para manter suas operações.
Sindicato
O movimento da organização recebeu o apoio do Sindicato dos Metalúrgicos. O presidente Vivaldo Moreira Araújo revela sua preocupação "com a manutenção do emprego e da qualificação profissional dos trabalhadores da Avibras, que já foi penalizada pela burocracia do governo no passado recente", uma referência aos 12 meses que a companhia esperou pela emissão das cautelas exigidas por uma exportação para a Malásia no valor de 212,5 milhões. Por causa da lentidão, a corporação entrou em regime de recuperação judicial. As entregas foram concluídas em junho, junto com um lote de munições e componentes destinados ao exército do Catar.
A Avibras está virando sócia do governo federal. O grupo, de São José dos Campos, terá a participação do sistema financeiro da União na proporção de 15% a 25% na forma prevista na Lei n.º 11941/09, por meio da conversão das dívidas. Sami Hassuani garante que "as contas estão em dia; todos os compromissos trabalhistas foram quitados e, da mesma forma, a dívida com os fornecedores - o balanço fechou em azul".
O faturamento do grupo formado cresceu. Foi de R$ 60 milhões em 2007, bateu em R$ 250 milhões em 2009, "e tem potencial para chegar aos R$ 500 milhões até dezembro", segundo Hassuani. O Astros 2020 é muito avançado. O painel é digital, a navegação é operada por GPS e sinais de satélite, a central de comunicação, criptográfica. "Trata-se de um conceito novo, sustentado pelo conhecimento já adquirido", explica Hassuani. "Ele vai se integrar com o míssil de cruzeiro AV-TM, de 300 quilômetros de alcance, na etapa de testes e certificação", explica ele, para quem "o empreendimento vai permitir ao Exército atuar de forma integrada com a defesa antiaérea, criando um meio de uso comum para as plataformas, os caminhões, parte dos sensores eletrônicos e os veículos de comando".
"O mercado de vendas internacionais para o Astros 2020 bate em cerca de US$ 5 bilhões - US$ 2 bilhões para clientes tradicionais e mais US$ 3 bilhões em novos negócios para Forças da África, Ásia e Oriente Médio, ao longo dos próximos dez anos."
Roberto Godoy
http://www.defesanet.com.br/01_lz/eurosatory2010/01_avibras_1.htm
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Gestão De Conflitos
É certo que onde há pessoas reunidas com os mesmos interesses e propósitos, independentemente das condições ou preposições de cada uma, haverá a existência de conflitos.
Nas empresas não é diferente. Todo ser humano, mesmo que inconscientemente, em algum momento se vê em conflito consigo mesmo. Se colocarmos esses embates sob uma ótica positiva no dia-a-dia profissional, poderemos afirmar que discussões saudáveis promovem a troca de conhecimentos e contribuem para a homogeneização da equipe e melhoria do clima organizacional. Porém, quando as situações de conflito ocasionam antipatia e afronta recíprocas entre os envolvidos, o ambiente empresarial fica comprometido.
A gestão de pessoas é uma arte. Envolve entre outros fatores, práticas e processos que buscam minimizar conflitos entre os membros de uma organização. Para que exista uma evolução no ambiente corporativo, as empresas devem disseminar as características comportamentais esperadas pelos seus profissionais. Podemos citar algumas delas, como: comunicar-se de forma direta, clara e objetiva; saber escutar; discutir idéias, mas respeitar a opinião das partes envolvidas; utilizar a intuição e o auto-conhecimento para expor da melhor forma seus pensamentos; transmitir credibilidade no momento da argumentação; e persuadir pelo convencimento.
Os conflitos são importantes e essenciais para o crescimento de todos e da empresa. A expectativa é quanto à solução. Por exemplo, quando um cliente entra em contato com a empresa ele quer que o profissional resolva o seu problema. O fato pode demonstrar se a empresa é competente ou não. A empresa saudável é aquela que prioriza de forma inteligente o cliente interno. Isto é, o ambiente interno saudável vai espelhar o bom atendimento ao cliente externo.
É impossível imaginar que existe uma empresa sem conflitos, até porque somos seres humanos e temos uma história milenar que influencia o nosso inconsciente coletivo e individual. Necessitamos do conflito para sobreviver, provar nossas competências, elevar a auto-estima e sermos respeitados como indivíduos que se relacionam com a sociedade.
Patrícia Regina é pedagoga, especialista em RH pela FMU - Faculdades Metropolitanas Unidas - e atua na área de Fator Humano da Trevisan Outsourcing, Consultoria e Educação.
Fonte: http://www.rhportal.com.br/artigos/wmview.php?idc_cad=x3era4lbt
Nas empresas não é diferente. Todo ser humano, mesmo que inconscientemente, em algum momento se vê em conflito consigo mesmo. Se colocarmos esses embates sob uma ótica positiva no dia-a-dia profissional, poderemos afirmar que discussões saudáveis promovem a troca de conhecimentos e contribuem para a homogeneização da equipe e melhoria do clima organizacional. Porém, quando as situações de conflito ocasionam antipatia e afronta recíprocas entre os envolvidos, o ambiente empresarial fica comprometido.
A gestão de pessoas é uma arte. Envolve entre outros fatores, práticas e processos que buscam minimizar conflitos entre os membros de uma organização. Para que exista uma evolução no ambiente corporativo, as empresas devem disseminar as características comportamentais esperadas pelos seus profissionais. Podemos citar algumas delas, como: comunicar-se de forma direta, clara e objetiva; saber escutar; discutir idéias, mas respeitar a opinião das partes envolvidas; utilizar a intuição e o auto-conhecimento para expor da melhor forma seus pensamentos; transmitir credibilidade no momento da argumentação; e persuadir pelo convencimento.
Os conflitos são importantes e essenciais para o crescimento de todos e da empresa. A expectativa é quanto à solução. Por exemplo, quando um cliente entra em contato com a empresa ele quer que o profissional resolva o seu problema. O fato pode demonstrar se a empresa é competente ou não. A empresa saudável é aquela que prioriza de forma inteligente o cliente interno. Isto é, o ambiente interno saudável vai espelhar o bom atendimento ao cliente externo.
É impossível imaginar que existe uma empresa sem conflitos, até porque somos seres humanos e temos uma história milenar que influencia o nosso inconsciente coletivo e individual. Necessitamos do conflito para sobreviver, provar nossas competências, elevar a auto-estima e sermos respeitados como indivíduos que se relacionam com a sociedade.
Patrícia Regina é pedagoga, especialista em RH pela FMU - Faculdades Metropolitanas Unidas - e atua na área de Fator Humano da Trevisan Outsourcing, Consultoria e Educação.
Fonte: http://www.rhportal.com.br/artigos/wmview.php?idc_cad=x3era4lbt
domingo, 3 de outubro de 2010
Pará lidera desmatamento na Amazônia
São Paulo - O segundo maior estado brasileiro é também o que mais desmata. De acordo com boletim divulgado pela organização não governamental Imazon (Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia), a Amazônia perdeu 210 quilômetros quadrados no mês de agosto. A fatia de responsabilidade atribuída ao Pará é de 68%, ou seja, 142 quilômetros quadrados de floresta.
Em julho passado, segundo dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), o estado paraense também foi o que mais desmatou. No período, a Amazônia perdeu 155 km² de vegetação, sendo o Pará responsável por 51% ( 79 quilômetros quadrados). O resultado da soma das áreas depredadas nos dois meses é preocupante: sozinho, o Estado do Pará desmatou 220 quilômetros quadrados de floresta, o equivalente a 32 mil campos de futebol.
As causas por trás desse título inglório de maior desmatador são velhas conhecidas da sociedade. "No Pará, há uma intensa expansão ilegal de áreas de pastagem para pecuária e de agronegócios, principalmente os ligados à produção de soja", explica Sanae Hayashi, pesquisadora do Imazon. A exploração madeireira é outra vilã. "Em alguns municípios, essas atividades têm forte apelo econômico, sendo, muitas vezes, as que mais geram trabalho para a população", diz.
Segundo a pesquisadora do Imazon, a dois dias das eleições para governador, o debate político local parece ignorar as questões de preservação ambiental e de combate às atividades predatórias, cada vez mais crescentes no estado. Responsável por mais da metade do desmatamento na Amazônia Legal em agosto deste ano, o Pará é seguido de longe por Mato Grosso (11%), Amazonas (10%), Acre (6%) e Rondônia (5%).
Queimadas aumentaram a degradação florestal
No geral, o desmatamento na Amazônia em agosto de 2010 caiu 23% em relação ao mesmo mês em 2009, quando foi registrada perda de 273 quilômetros quadrados. Apesar disso, neste ano, houve um aumento significativo na degradação florestal (241%) que atingiu 1.549 quilômetros quadrados em agosto contra 455 quilômetros quadrados registrados no mesmo período de 2009.
De acordo com o Imazon, o aumento expressivo da área florestal degradada é resultado da alta incidência de focos de incêndio e queimadas registradas em agosto. " O calor e o tempo seco tornaram mais desastrosos os incêndios provocados ilegalmente por agricultores locais, que põem fogo na mata para ganhar área de cultivo", diz a pesquisadora do Imazon.
O monitoramento oficial do desmatamento na Amazônia é feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que ainda não tem previsão de divulgação dos números de agosto.
Fonte: http://portalexame.abril.com.br/
Em julho passado, segundo dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), o estado paraense também foi o que mais desmatou. No período, a Amazônia perdeu 155 km² de vegetação, sendo o Pará responsável por 51% ( 79 quilômetros quadrados). O resultado da soma das áreas depredadas nos dois meses é preocupante: sozinho, o Estado do Pará desmatou 220 quilômetros quadrados de floresta, o equivalente a 32 mil campos de futebol.
As causas por trás desse título inglório de maior desmatador são velhas conhecidas da sociedade. "No Pará, há uma intensa expansão ilegal de áreas de pastagem para pecuária e de agronegócios, principalmente os ligados à produção de soja", explica Sanae Hayashi, pesquisadora do Imazon. A exploração madeireira é outra vilã. "Em alguns municípios, essas atividades têm forte apelo econômico, sendo, muitas vezes, as que mais geram trabalho para a população", diz.
Segundo a pesquisadora do Imazon, a dois dias das eleições para governador, o debate político local parece ignorar as questões de preservação ambiental e de combate às atividades predatórias, cada vez mais crescentes no estado. Responsável por mais da metade do desmatamento na Amazônia Legal em agosto deste ano, o Pará é seguido de longe por Mato Grosso (11%), Amazonas (10%), Acre (6%) e Rondônia (5%).
Queimadas aumentaram a degradação florestal
No geral, o desmatamento na Amazônia em agosto de 2010 caiu 23% em relação ao mesmo mês em 2009, quando foi registrada perda de 273 quilômetros quadrados. Apesar disso, neste ano, houve um aumento significativo na degradação florestal (241%) que atingiu 1.549 quilômetros quadrados em agosto contra 455 quilômetros quadrados registrados no mesmo período de 2009.
De acordo com o Imazon, o aumento expressivo da área florestal degradada é resultado da alta incidência de focos de incêndio e queimadas registradas em agosto. " O calor e o tempo seco tornaram mais desastrosos os incêndios provocados ilegalmente por agricultores locais, que põem fogo na mata para ganhar área de cultivo", diz a pesquisadora do Imazon.
O monitoramento oficial do desmatamento na Amazônia é feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que ainda não tem previsão de divulgação dos números de agosto.
Fonte: http://portalexame.abril.com.br/
Sinopec compra 40% da Repsol no Brasil
Nicola Pamplona e Daniela Milanese, de O Estado de S. Paulo
A petroleira espanhola Repsol anunciou na sexta-feira, 1º, a venda de 40% de sua subsidiária brasileira para a chinesa Sinopec por US$ 7,1 bilhões. Foi a maior aquisição do setor no País e a segunda maior feita por uma petroleira chinesa no mundo.
Em busca de garantia de suprimento futuro de petróleo, a China já acumula investimentos de mais de US$ 10 bilhões no País e desponta como a principal interessada nos ativos da OGX, de Eike Batista.
Segundo a Repsol, os recursos chineses serão aportados na própria Repsol Brasil, em uma espécie de capitalização. A companhia resultante da operação terá capital de US$ 17,8 bilhões e participação em 22 blocos exploratórios e no campo produtor de Albacora Leste, operado pela Petrobrás. As reservas da empresa estão estimadas em 1,7 bilhão de barris, divididos em sete descobertas feitas até agora. A Repsol Brasil é também sócia de campos do pré-sal.
A operação tem por objetivo garantir recursos para desenvolver os projetos, informou a Repsol. A empresa analisava a abertura de capital na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), mas suspendeu os estudos após o acordo com a Sinopec.
Apetite
O valor da operação surpreendeu analistas do mercado financeiro, que projetavam números bem mais modestos, e provocou uma corrida por ações de petroleiras na Europa. "A Sinopec quebrou a banca", comentou Jorge Gonzalez, do Banco Sabadell, em Madri. O Sabadell e o Banco Português de Investimento, por exemplo, trabalhavam com um valor na casa dos US$ 4 bilhões pelos ativos da Repsol.
A diferença pode ser explicada, em parte, pelo apetite chinês por novas fontes de suprimento de petróleo, que vem resultando em várias aquisições no setor. "A precificação dos ativos é subjetiva. Há outros fatores envolvidos", comentou o advogado Ricardo Assaf, do escritório Machado, Meyer, Sendacz e Opice, que assessorou a Sinopec.
"O acesso à oferta de matéria-prima é o principal (para a China)", disse Jason Kenney, do ING, em Londres. O país importa metade do petróleo que consome – é hoje o segundo maior mercado para o petróleo brasileiro, atrás dos Estados Unidos – e as perspectivas são de crescimento da dependência internacional, o que motiva uma ofensiva em busca de reservas.
Nesse sentido, a maior operação já realizada por uma petroleira chinesa foi a compra da Addax Petroleum pela própria Sinopec por US$ 7,2 bilhões em 2009. Em maio deste ano, a Sinochem anunciou a compra de 40% do campo de Peregrino, na Bacia de Campos, junto à norueguesa Statoil por US$ 3,07 bilhões. Sinopec e Cnooc estariam negociando ainda a compra de 30% dos ativos da OGX em Campos.
No Brasil, a Sinopec tem participação em dois blocos exploratórios da Petrobrás na Bacia do Pará-Maranhão.
Fonte: Estadão.com.br
A petroleira espanhola Repsol anunciou na sexta-feira, 1º, a venda de 40% de sua subsidiária brasileira para a chinesa Sinopec por US$ 7,1 bilhões. Foi a maior aquisição do setor no País e a segunda maior feita por uma petroleira chinesa no mundo.
Em busca de garantia de suprimento futuro de petróleo, a China já acumula investimentos de mais de US$ 10 bilhões no País e desponta como a principal interessada nos ativos da OGX, de Eike Batista.
Segundo a Repsol, os recursos chineses serão aportados na própria Repsol Brasil, em uma espécie de capitalização. A companhia resultante da operação terá capital de US$ 17,8 bilhões e participação em 22 blocos exploratórios e no campo produtor de Albacora Leste, operado pela Petrobrás. As reservas da empresa estão estimadas em 1,7 bilhão de barris, divididos em sete descobertas feitas até agora. A Repsol Brasil é também sócia de campos do pré-sal.
A operação tem por objetivo garantir recursos para desenvolver os projetos, informou a Repsol. A empresa analisava a abertura de capital na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), mas suspendeu os estudos após o acordo com a Sinopec.
Apetite
O valor da operação surpreendeu analistas do mercado financeiro, que projetavam números bem mais modestos, e provocou uma corrida por ações de petroleiras na Europa. "A Sinopec quebrou a banca", comentou Jorge Gonzalez, do Banco Sabadell, em Madri. O Sabadell e o Banco Português de Investimento, por exemplo, trabalhavam com um valor na casa dos US$ 4 bilhões pelos ativos da Repsol.
A diferença pode ser explicada, em parte, pelo apetite chinês por novas fontes de suprimento de petróleo, que vem resultando em várias aquisições no setor. "A precificação dos ativos é subjetiva. Há outros fatores envolvidos", comentou o advogado Ricardo Assaf, do escritório Machado, Meyer, Sendacz e Opice, que assessorou a Sinopec.
"O acesso à oferta de matéria-prima é o principal (para a China)", disse Jason Kenney, do ING, em Londres. O país importa metade do petróleo que consome – é hoje o segundo maior mercado para o petróleo brasileiro, atrás dos Estados Unidos – e as perspectivas são de crescimento da dependência internacional, o que motiva uma ofensiva em busca de reservas.
Nesse sentido, a maior operação já realizada por uma petroleira chinesa foi a compra da Addax Petroleum pela própria Sinopec por US$ 7,2 bilhões em 2009. Em maio deste ano, a Sinochem anunciou a compra de 40% do campo de Peregrino, na Bacia de Campos, junto à norueguesa Statoil por US$ 3,07 bilhões. Sinopec e Cnooc estariam negociando ainda a compra de 30% dos ativos da OGX em Campos.
No Brasil, a Sinopec tem participação em dois blocos exploratórios da Petrobrás na Bacia do Pará-Maranhão.
Fonte: Estadão.com.br
Ficha Limpa e indecisão do Supremo deixam 1.248 candidatos na berlinda
Denise Madueño e Mariângela Gallucci, da Sucursal de Brasília
A "navalha" da Lei da Ficha Limpa atingiu boa parte dos 1.248 candidatos que até a tarde de ontem, segundo levantamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tiveram seus registros de candidatura negados. Somado à indecisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que adiou o julgamento dos recursos dos candidatos, o número de barrados criou um quadro de indefinição no resultado eleitoral com impacto nas futuras bancadas na Câmara e no Senado.
Amanhã, 336 candidatos a deputado e 29 concorrentes ao Senado em todo o País poderão receber votos que, no entanto, não serão contabilizados até a palavra final da Justiça.
Nem todos foram barrados pela Lei da Ficha Limpa. Há, por exemplo, casos de prestação de contas rejeitadas pelos tribunais. O TSE poderá analisar casos pendentes ainda hoje.
Entre os 172 candidatos a governador, 15 estão em situação indefinida. Dos 14.387 candidatos a uma cadeira de deputado estadual, 769 terão seus votos colhidos, mas podem ficar sem a diplomação, segundo posição manifestada pelo Supremo. No Distrito Federal, 28 dos 883 candidatos a deputado distrital esperam julgamento de recurso.
Os partidos elegerão um número maior ou menor de representantes dependendo da posição a ser tomada pelos ministros, em data ainda indefinida, sobre a validade ou não da lei para estas eleições. "O País está vivendo uma enorme insegurança jurídica", afirmou o deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP). "É evidente que o resultado do julgamento vai alterar a contagem dos votos e a formação das bancadas partidárias."
Os ministros do STF vão decidir se aceitam o recurso dos candidatos, permitindo seus registros e convalidando seus votos, e se esses votos irão para a legenda ou serão anulados, na hipótese de a candidatura ser negada.
Futuro ministro. Sem prazo para o julgamento dos recursos, há setores na Câmara que apostam na consolidação do resultado que sairá das urnas. Segundo esse entendimento, dificilmente os ministros derrubarão a Lei da Ficha Limpa até 17 de dezembro, último dia para a diplomação dos eleitos. A avaliação leva em conta que caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a definição do resultado, que terminou em empate de 5 a 5, quando indicar o 11º ministro do Supremo. Nesse raciocínio, Lula indicará um nome para a vaga já sabendo de sua posição sobre a lei.
Com a manifestação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de quinta-feira, o futuro dos votos dos candidatos Paulo Maluf (PP) e Beto Mansur (PP) mudará, por exemplo, a composição da bancada paulista. Segundo estimativas, os dois candidatos poderão somar em torno de 800 mil votos. Esses votos não irão para o PP, nesse primeiro momento, diminuindo o número de eleitos pelo partido.
Políticos experientes em análise das eleições em São Paulo estimam que os votos de Maluf e de Mansur ajudariam a eleger outros seis deputados do PP. Sem esses votos, o PT, o PSB, o PV, o PMDB e o PSDB deverão ser beneficiados com mais um parlamentar cada.
Na disputa pelas cadeiras do Senado, a decisão do Supremo atinge principalmente as candidaturas no Pará. Os dois líderes nas pesquisas, Jader Barbalho (PMDB) e Paulo Rocha (PT), integrantes da base governista, renunciaram aos mandatos de senador e de deputado para fugir de processo de cassação e foram enquadrados na lei. Sem Jader e Rocha, o oposicionista Flexa Ribeiro (PSDB) fica em situação confortável. Na Paraíba, o ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB), favorito a uma vaga no Senado, também foi barrado pela Lei da Ficha Limpa.
Fonte: Economia.com.br
A "navalha" da Lei da Ficha Limpa atingiu boa parte dos 1.248 candidatos que até a tarde de ontem, segundo levantamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tiveram seus registros de candidatura negados. Somado à indecisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que adiou o julgamento dos recursos dos candidatos, o número de barrados criou um quadro de indefinição no resultado eleitoral com impacto nas futuras bancadas na Câmara e no Senado.
Amanhã, 336 candidatos a deputado e 29 concorrentes ao Senado em todo o País poderão receber votos que, no entanto, não serão contabilizados até a palavra final da Justiça.
Nem todos foram barrados pela Lei da Ficha Limpa. Há, por exemplo, casos de prestação de contas rejeitadas pelos tribunais. O TSE poderá analisar casos pendentes ainda hoje.
Entre os 172 candidatos a governador, 15 estão em situação indefinida. Dos 14.387 candidatos a uma cadeira de deputado estadual, 769 terão seus votos colhidos, mas podem ficar sem a diplomação, segundo posição manifestada pelo Supremo. No Distrito Federal, 28 dos 883 candidatos a deputado distrital esperam julgamento de recurso.
Os partidos elegerão um número maior ou menor de representantes dependendo da posição a ser tomada pelos ministros, em data ainda indefinida, sobre a validade ou não da lei para estas eleições. "O País está vivendo uma enorme insegurança jurídica", afirmou o deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP). "É evidente que o resultado do julgamento vai alterar a contagem dos votos e a formação das bancadas partidárias."
Os ministros do STF vão decidir se aceitam o recurso dos candidatos, permitindo seus registros e convalidando seus votos, e se esses votos irão para a legenda ou serão anulados, na hipótese de a candidatura ser negada.
Futuro ministro. Sem prazo para o julgamento dos recursos, há setores na Câmara que apostam na consolidação do resultado que sairá das urnas. Segundo esse entendimento, dificilmente os ministros derrubarão a Lei da Ficha Limpa até 17 de dezembro, último dia para a diplomação dos eleitos. A avaliação leva em conta que caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a definição do resultado, que terminou em empate de 5 a 5, quando indicar o 11º ministro do Supremo. Nesse raciocínio, Lula indicará um nome para a vaga já sabendo de sua posição sobre a lei.
Com a manifestação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de quinta-feira, o futuro dos votos dos candidatos Paulo Maluf (PP) e Beto Mansur (PP) mudará, por exemplo, a composição da bancada paulista. Segundo estimativas, os dois candidatos poderão somar em torno de 800 mil votos. Esses votos não irão para o PP, nesse primeiro momento, diminuindo o número de eleitos pelo partido.
Políticos experientes em análise das eleições em São Paulo estimam que os votos de Maluf e de Mansur ajudariam a eleger outros seis deputados do PP. Sem esses votos, o PT, o PSB, o PV, o PMDB e o PSDB deverão ser beneficiados com mais um parlamentar cada.
Na disputa pelas cadeiras do Senado, a decisão do Supremo atinge principalmente as candidaturas no Pará. Os dois líderes nas pesquisas, Jader Barbalho (PMDB) e Paulo Rocha (PT), integrantes da base governista, renunciaram aos mandatos de senador e de deputado para fugir de processo de cassação e foram enquadrados na lei. Sem Jader e Rocha, o oposicionista Flexa Ribeiro (PSDB) fica em situação confortável. Na Paraíba, o ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB), favorito a uma vaga no Senado, também foi barrado pela Lei da Ficha Limpa.
Fonte: Economia.com.br
Irã critica a Rússia por suspender entrega de mísseis devido a sanções
O Irã criticou a Rússia nesta quinta-feira, 23, por suspender a entrega de sistemas de defesa aérea ao país, afirmando que sua segurança não depende destes mísseis, informou uma agência de notícias.
Veja também:
Especial: O programa nuclear do Irã
Veja as sanções já aplicadas contra o Irã
O presidente russo, Dimitri Medvedev, assinou um decreto na quarta-feira proibindo a exportação de sistemas de mísseis de alta precisão e outras armas ao Irã.
Israel e os Estados Unidos fazem pressão para que Moscou desista de planos de vender os sistemas a Teerã, e autoridades russas prometeram não entregá-los, após dar apoio a uma nova rodada de sanções da Organização das Nações Unidas contra o Irã em junho.
"Esperamos que os russos ajam com mais independência em escolher seus caminhos", disse o ministro da Defesa, Ahmad Vahidi, segundo a agência de notícias Isna.
"Nossas capacidades de defesa não são dependentes destes mísseis", afirmou.
Países ocidentais suspeitam que o trabalho atômico do Irã é um disfarce para a produção de armas nucleares. Teerã nega as acusações e afirma necessitar de tecnologia nuclear para gerar eletricidade.
"Sempre que eles se recusaram a nos dar um produto, nós domesticamente fizemos um melhor... Mas claro que não estamos satisfeitos com que os russos estejam sendo humilhados pelos Estados Unidos e o regime sionista (Israel)", disse ele, segundo a Isna.
O S-300 é um sistema de defesa aéreo portátil e de longo alcance que pode detectar, perseguir e destruir mísseis balísticos, mísseis de cruzeiro e aeronaves em baixa altitude.
Nações ocidentais estão preocupadas sobre a cooperação de Moscou com Teerã em uma instalação nuclear construída pela Rússia no Irã, onde o processamento de combustível teve início no mês passado.
Fonte:Estadão.com.br
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,ira-critica-a-russia-por-suspender-entrega-de-misseis,614278,0.htm
Veja também:
Especial: O programa nuclear do Irã
Veja as sanções já aplicadas contra o Irã
O presidente russo, Dimitri Medvedev, assinou um decreto na quarta-feira proibindo a exportação de sistemas de mísseis de alta precisão e outras armas ao Irã.
Israel e os Estados Unidos fazem pressão para que Moscou desista de planos de vender os sistemas a Teerã, e autoridades russas prometeram não entregá-los, após dar apoio a uma nova rodada de sanções da Organização das Nações Unidas contra o Irã em junho.
"Esperamos que os russos ajam com mais independência em escolher seus caminhos", disse o ministro da Defesa, Ahmad Vahidi, segundo a agência de notícias Isna.
"Nossas capacidades de defesa não são dependentes destes mísseis", afirmou.
Países ocidentais suspeitam que o trabalho atômico do Irã é um disfarce para a produção de armas nucleares. Teerã nega as acusações e afirma necessitar de tecnologia nuclear para gerar eletricidade.
"Sempre que eles se recusaram a nos dar um produto, nós domesticamente fizemos um melhor... Mas claro que não estamos satisfeitos com que os russos estejam sendo humilhados pelos Estados Unidos e o regime sionista (Israel)", disse ele, segundo a Isna.
O S-300 é um sistema de defesa aéreo portátil e de longo alcance que pode detectar, perseguir e destruir mísseis balísticos, mísseis de cruzeiro e aeronaves em baixa altitude.
Nações ocidentais estão preocupadas sobre a cooperação de Moscou com Teerã em uma instalação nuclear construída pela Rússia no Irã, onde o processamento de combustível teve início no mês passado.
Fonte:Estadão.com.br
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,ira-critica-a-russia-por-suspender-entrega-de-misseis,614278,0.htm
Geopolítica Brasil - República Popular da China
Pequim, 16 Nov (Xinhua) – A China e o Brasil acordaram em um consenço de 5 pontos para fortalecer os laços bilaterais no campo militar durante conversas entre os dois líderes da defesa.
O ministro da Defesa da China Liang Guanglie teve conversas com o seu colega brasileiro, Nelson Jobim, em visita à China na segunda-feira.
Os dois lados decidiram aumentar os grupos de visitas e fortalecer a troca de oficiais de jovens e de meia idade ( de tenentes a majores). Eles também procuraram expandir a cooperação em treinamento de pessoal e a condução e coordenação de Operações de Paz.
A China e o Brasil fortalecerão a cooperação na area de de indústrias de defesa, ciência e tecnologia. Será formada uma Comissão Conjuntados dois Ministérios de Defesa para estabelecer as futuras trocas e cooperação.
Durante as conversas, Liang afirmou que as relações China-Brazil entraram em uma nova fase de desenvolvimento desde que os presidentes Hu Jintao, da China e Luiz Inacio Lula, Brasil, visitaram seus respectivos países em 2004.
A cooperação pragmática em várias áreas entre os dois países tem sido continuamente reforçada e as parcerias estratégicas têm sido aprofundadas significativamente, Liang afirmou, complementando que seus laços militares tem sido aperfeiçoados com as freqüentes visitas de líderes de alta patente e o incremento pragmático das trocas e cooperação.
Liang disse, que as duas Forças Armadas esperam explorar novas áreas de cooperação e estender a sua amistosa cooperação .
Nelson Jobim disse que o Brasil esperava aprofundar continuamente sua pragmatica cooperação militar com as Forças Armadas Chinesas no contexto de uma parceria estratégica.
DefesaNet
O ministro da Defesa da China Liang Guanglie teve conversas com o seu colega brasileiro, Nelson Jobim, em visita à China na segunda-feira.
Os dois lados decidiram aumentar os grupos de visitas e fortalecer a troca de oficiais de jovens e de meia idade ( de tenentes a majores). Eles também procuraram expandir a cooperação em treinamento de pessoal e a condução e coordenação de Operações de Paz.
A China e o Brasil fortalecerão a cooperação na area de de indústrias de defesa, ciência e tecnologia. Será formada uma Comissão Conjuntados dois Ministérios de Defesa para estabelecer as futuras trocas e cooperação.
Durante as conversas, Liang afirmou que as relações China-Brazil entraram em uma nova fase de desenvolvimento desde que os presidentes Hu Jintao, da China e Luiz Inacio Lula, Brasil, visitaram seus respectivos países em 2004.
A cooperação pragmática em várias áreas entre os dois países tem sido continuamente reforçada e as parcerias estratégicas têm sido aprofundadas significativamente, Liang afirmou, complementando que seus laços militares tem sido aperfeiçoados com as freqüentes visitas de líderes de alta patente e o incremento pragmático das trocas e cooperação.
Liang disse, que as duas Forças Armadas esperam explorar novas áreas de cooperação e estender a sua amistosa cooperação .
Nelson Jobim disse que o Brasil esperava aprofundar continuamente sua pragmatica cooperação militar com as Forças Armadas Chinesas no contexto de uma parceria estratégica.
DefesaNet
Visita do Ministro da Defsa da República Popular da China ao Brasil
Está em visita oficial ao Brasil o ministro da Defesa da República Popular da China, General Liang Guanglie. Nesta quarta-feira será recebido pelo ministro da Defesa do Brasil Nelson Jobim e demais comandantes militares brasileiros. À noite haverá um jantar oficial ao Gen Liang Guaglie no Clube do Exército.
Sem dúvida é um reconhecimento extraordinário nas relações Sino-Brasileiras e uma continuidade à visita do ministro Nelson Jobim à China em Novembro de 2009.
Na oportunidade foram estabelecidos 5 pontos para aprofundar as relações político-militares entre os dois países.
As relações político-Militares Sino-Brasileiras têm atraído a atenção mundial tanto dos Estado Unidos como na região dos países da Borda do Pacífico (RIM)
Abaixo texto da agência de notícias XINHUA, de Novembro de 2009 detalhando as áreas de colaboração militar.
Nelson Düring
Editor-chefe DefesaNet
Sem dúvida é um reconhecimento extraordinário nas relações Sino-Brasileiras e uma continuidade à visita do ministro Nelson Jobim à China em Novembro de 2009.
Na oportunidade foram estabelecidos 5 pontos para aprofundar as relações político-militares entre os dois países.
As relações político-Militares Sino-Brasileiras têm atraído a atenção mundial tanto dos Estado Unidos como na região dos países da Borda do Pacífico (RIM)
Abaixo texto da agência de notícias XINHUA, de Novembro de 2009 detalhando as áreas de colaboração militar.
Nelson Düring
Editor-chefe DefesaNet
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